ATA DA DÉCIMA TERCEIRA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 23-9-2013.

 


Aos vinte e três dias do mês de setembro do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e cinquenta minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, João Derly, Lourdes Sprenger, Mario Fraga, Mônica Leal, Paulo Brum, Reginaldo Pujol e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alceu Brasinha, Any Ortiz, Bernardino Vendruscolo, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mauro Pinheiro, Paulinho Motorista, Pedro Ruas, Professor Garcia, Séfora Mota, Sofia Cavedon, Valter Nagelstein e Waldir Canal. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Sexagésima Sétima, Sexagésima Oitava, Sexagésima Nona e Septuagésima Sessões Ordinárias, da Décima Segunda, Décima Terceira, Décima Quarta, Décima Quinta, Décima Sexta, Décima Sétima, Décima Oitava, Décima Nona e Vigésima Sessões Solenes. Em PAUTA. Discussão Preliminar, 2ª Sessão, estiveram os Projetos de Lei Complementar do Legislativo nos 024 e 027/13, os Projetos de Lei do Legislativo nos 181/12, 118, 135 e 290/13, o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 137/13, e o Projeto de Lei do Executivo nº 027/13, discutido pela vereadora Lourdes Sprenger. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores João Carlos Nedel, em tempo cedido pela vereadora Mônica Leal, e Valter Nagelstein. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se a vereadora Fernanda Melchionna e os vereadores Alberto Kopittke, Mônica Leal, Idenir Cecchim, Mario Fraga e Airto Ferronato. Na oportunidade, foi apregoado Pedido de Informações encaminhado pelo vereador Clàudio Janta, sobre contratos e convênios firmados pela Secretaria Municipal de Cultura, para preparação e realização de eventos relativos às comemorações do mês farroupilha. Às quinze horas e quarenta e cinco minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Decreto Legislativo nº 003/13 (Processo nº 2751/13), por dezessete votos SIM e seis votos NÃO, após ser discutido pelo vereador Pedro Ruas, em votação nominal solicitada pelo vereador Pedro Ruas, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mônica Leal, Paulo Brum, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra, Valter Nagelstein e Waldir Canal e Não os vereadores Alberto Kopittke, Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 008/13 (Processo nº 0394/13), por vinte e três votos SIM, após ser encaminhado à votação pelos vereadores João Derly, Pedro Ruas e Delegado Cleiton e pelas vereadoras Fernanda Melchionna e Jussara Cony, em votação nominal solicitada pelo vereador Clàudio Janta, tendo votado os vereadores Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, João Derly, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Pedro Ruas, Professor Garcia, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Valter Nagelstein e Waldir Canal. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 092/13 (Processo nº 1096/13). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 109/13 (Processo nº 1198/13), após ser encaminhado à votação pelos vereadores Paulo Brum, Valter Nagelstein e Cassio Trogildo. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 009/13 (Processo no 0396/13). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 024/13 (Processo nº 2294/13), após ser encaminhado à votação pela vereadora Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 183/12 (Processo nº 2500/12), após ser encaminhado à votação pelos vereadores Professor Garcia e Clàudio Janta. A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria da vereadora Luiza Neves, deferido pelo senhor Presidente, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, do dia vinte e dois ao dia vinte e quatro de setembro do corrente, em reunião da Comissão Permanente de Defesa dos Direitos dos Idosos, na Câmara Municipal de Juiz de Fora – MG. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 123/13 (Processo nº 2015/13), após ser encaminhado à votação pelos vereadores Alberto Kopittke e Valter Nagelstein. Após, foi apregoado Requerimento de autoria da vereadora Lourdes Sprenger, solicitando o adiamento, por três Sessões, da votação do Projeto de Lei do Legislativo nº 052/13 (Processo nº 0779/13), Requerimento este que, após ser encaminhado à votação pelo vereador Bernardino Vendruscolo, teve suspensa sua apreciação, em face da inexistência de quórum. Durante a Sessão, os vereadores Reginaldo Pujol e João Derly manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Também, foram registradas as presenças, neste Plenário, de alunos e do professor Edson Bertin Dorneles, da Escola Municipal de Ensino Médio Emílio Meyer, em visita orientada integrante do Projeto de Educação Política desenvolvido pela Seção de Memorial deste Legislativo, e da vereadora Analice Maria Antoniolli, Presidenta da Câmara Municipal de Nova Bassano – RS. Às dezessete horas e seis minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação solicitada pelo vereador Clàudio Janta, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram pelo vereador Dr. Thiago e secretariados pelo vereador João Carlos Nedel. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Passamos à

 

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 2448/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 181/12, de autoria da Verª Fernanda Melchionna e do Ver. Pedro Ruas, que determina a instalação de estações de pequenos reparos de bicicletas em parques, praças, ruas e avenidas do Município de Porto Alegre.

 

PROC. Nº 1192/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 024/13, de autoria do Ver. Alberto Kopittke, que institui o Código de Ética Municipal. Com Emenda nº 01.

 

PROC. Nº 1298/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 118/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que obriga bares, restaurantes e similares a concederem às pessoas que realizaram cirurgia bariátrica ou outra gastroplastia para redução do estômago desconto de 50% (cinquenta por cento) sobre o preço de refeições servidas nas modalidades à la carte, em porção ou rodízio ou a servirem meia porção.

 

PROC. Nº 1443/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 135/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que denomina Rua Rocco David Bettio o logradouro público cadastrado conhecido como Rua Sete Mil e Vinte e Cinco – Loteamento Moradas do Sul.

 

PROC. Nº 1466/13 – SUBSTITUTIVO Nº 01, de autoria do Ver. Waldir Canal, que denomina Complexo Viário Vice-Presidente José Alencar o conjunto de equipamentos públicos composto pela elevada de acesso à Cidade pela Avenida Castelo Branco em direção ao Túnel da Conceição e à Avenida Mauá, e na saída, o ingresso à Avenida Castelo Branco pela elevada da Avenida Júlio de Castilhos, localizado no Bairro Centro Histórico, ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 137/13, de autoria do Ver. João Carlos Nedel.

 

PROC. Nº 2184/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 027/13, de autoria da Verª Lourdes Sprenger, que altera o caput do art. 23, inclui arts. 23-A e 23-B e revoga o § 1º do art. 22, os incs. I a IV e o parágrafo único do art. 23 e os arts. 24, 25 e 26 da Lei Complementar nº 694, de 21 de maio de 2012 – que consolida a legislação sobre criação, comércio, exibição, circulação e políticas de proteção de animais no Município de Porto Alegre e revoga legislação sobre o tema –, proibindo a comercialização de animais de qualquer espécie em estabelecimentos comerciais. Com Emenda nº 01.

 

PROC. Nº 2425/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 027/13, que autoriza o transporte de animais domésticos de pequeno e médio porte, acompanhados por seus responsáveis, nos meios integrantes do sistema de transporte coletivo, seletivo ou individual do Município de Porto Alegre.

 

PROC. Nº 2559/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 290/13, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Praça Edy de Jesus Rodrigues Corrêa o logradouro público cadastrado conhecido como Praça 4065 – Loteamento Oscar Rubin –, localizado no Bairro Jardim Carvalho.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. LOURDES SPRENGER: Sr. Presidente, Sras. Vereadores e Srs. Vereadores, vem a este plenário para votação o projeto de lei que autoriza o transporte de animais domésticos de pequeno e médio porte, acompanhados por seus responsáveis, nos meios integrantes do sistema de transporte coletivo, seletivo ou individual do Município de Porto Alegre. Também tramita outro projeto, do nosso Ver. Sgarbossa, referente ao mesmo tema. Tendo em vista que este projeto envolve tanto o transporte coletivo, a proteção animal, os animais e a saúde pública, nós analisamos ambos os projetos, e a nossa posição é de que sejam melhor discutidos, porque nós temos que ouvir tanto as pessoas que utilizam os ônibus, as pessoas da proteção animal que, sem recurso, necessitam de transporte desses animais, às vezes, para um atendimento hospitalar, às vezes para uma consulta veterinária, às vezes também para levar o seu mascote para alguma praça, que é usual hoje nos cachorródromos. Então nós não podemos trazer um projeto desse sem passar pelas Comissões onde poderão ser ouvidas associações de bairros, associações de proteção animal, usuários de ônibus, as próprias associações que contemplam motoristas e cobradores, porque isso vai envolver essas pessoas para não criar atritos entre quem está utilizando o transporte e quem está conduzindo esses ônibus, para ver a melhor forma, como quantos animais podem circular, qual é o horário melhor para isso acontecer, ou, quem sabe, o próprio Poder Público colocar à disposição meios de transporte para os casos graves. Porque, casos graves, animais agonizando, animais acidentados, esses casos têm que ser atendidos, conforme a Constituição, pelo Poder Público também. Claro que nós, que somos colaboradores desta área, procuramos fazer a nossa parte; se necessitar, nós mesmos atendemos, nós mesmos temos táxi dog, que têm um custo. Quando surgem essas emergências em que o cidadão queira atender um animal, que ele tenha um número, como temos hoje, para chamar um transporte disponibilizado e avaliado pelo Município. Simplesmente, passar um projeto aqui, discutido somente no plenário, sem conversar com todos os segmentos envolvidos, não creio que seja o melhor, tanto o projeto do Executivo como o projeto do nosso Ver. Sgarbossa.

Então, precisamos de maior discussão para contemplar, viabilizar essa proposta a quem realmente necessita, a quem não tem condições de fazer o transporte no caso de animais. Nós temos que avaliar tamanhos, avaliar a situação de cada caso, e não é simplesmente passando um projeto para se votar que vamos achar que será o melhor, ou se será viável essa forma de utilizar o transporte coletivo. Poderá ser um método que o próprio Poder Executivo nos facilite, que nos dê um atendimento mais rápido, que não se precise utilizar um ônibus de transporte para chegar, de repente, até a Lomba do Pinheiro; pode ter um convênio com clínicas mais próximas, clínicas descentralizadas. Portanto, esta é a nossa posição, Sr. Presidente. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Eu ia me manifestar sobre este projeto que a Vereadora acabou de se manifestar, sou alertado de que está sendo feito um trabalho no sentido de coexistirem os dois projetos que estão em andamento, quem sabe, inclusive, deixar um pouco de lado para votar mais tarde esses projetos. Em contribuição, abro mão da minha inscrição.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver. Pujol. Encerrada a discussão da Pauta.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Desiste. O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da Ver.ª Mônica Leal.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Vereadores, Vereadoras, ontem transcorreu o Dia do Contador, dos profissionais da contabilidade, e, como contador dos mais antigos, quero felicitar a minha classe, porque o contador presta inestimáveis serviços à comunidade, às contas públicas, às contas particulares e à geração de renda do nosso País. Especialmente, quero cumprimentar os contadores desta Casa que também têm feito um trabalho muito importante para o bom desenvolvimento dos nossos trabalhos. Recentemente, foi feita uma Comissão para fazer o Orçamento Plurianual, depois o Orçamento anual desta Casa; tudo foi feito basicamente no Setor de Contabilidade desta Casa, com o auxílio da Comissão de Finanças e do Diretor Financeiro desta Casa. Então, eu quero cumprimentar os profissionais de contabilidade desta Câmara Municipal de Porto Alegre.

Também quero saudar o novo arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler. Essa nomeação pelo Papa estava sendo esperada há dois anos e, finalmente, no meu entendimento e pelo conhecimento que tenho, veio para uma pessoa muito bem qualificada, jovem, com grande experiência, ele já era Bispo auxiliar aqui de Porto Alegre, já conhece a nossa Arquidiocese e isso nos traz grandes possibilidades de uma gestão muito profícua.

Também quero saudar esse grande acontecimento turístico da nossa Cidade, que foi o Acampamento Farroupilha. Os jornais disseram que, no Acampamento Farroupilha, 63% dos turistas são oriundos de Porto Alegre e, portanto, 37% são de visitantes. Como Presidente da Frente Parlamentar do Turismo, vejo que temos imensas possibilidades, meu Presidente da Comissão de Finanças, que trata justamente da área de Turismo, Valter Nagelstein, veja como nós temos um belo caminho a trilhar para vender o Acampamento Farroupilha como um produto turístico para os turistas de outras cidades. Nós vendemos muito bem para nós mesmos, mas nós precisamos aprender a vender para os outros.

Também quero saudar aqui a importância do churrasco de confraternização que os Vereadores tiveram lá no Acampamento Farroupilha, numa organização do Ver. Bernardino Vendruscolo. Quero também salientar a importância dessa confraternização, desse diálogo entre os Vereadores, num clima que realmente esta Casa está necessitando que ocorra seguidamente aqui.

Então, cumprimentos aos contadores, cumprimentos ao Ver. Bernardino Vendruscolo e cumprimentos ao novo Arcebispo Jaime Spengler.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver. João Carlos Nedel. No que se refere aos contadores desta Casa, faço minhas as suas palavras. E a todos os contadores, parabéns pelo seu dia.

O Ver. Paulo Brum está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Desiste. O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, eu quero fazer coro à fala do Ver. João Carlos Nedel, no sentido de homenagear os contadores. O meu avô materno era contador. Acho que é uma profissão muito importante, e nós, advogados, especialmente na área do Direito Tributário, temos uma parceria muito estreita com os contadores. Então, eu quero também me somar a V. Exa. na homenagem. Da mesma forma, quero me somar na homenagem ao novo Arcebispo. Pareceu-me muito lúcida a entrevista do Arcebispo – parece-me que foi no jornal Zero Hora, não sei se foi de quinta ou sexta-feira –, muito sintonizada com a própria linha que o novo Papa está dando à Igreja, sintonizada com os temas da atualidade, e eu fiquei muito feliz, Ver. João Carlos Nedel, porque usei a homenagem mais cara que um Vereador tem para poder reconhecer movimentos, exatamente na questão do diálogo inter-religioso. E aqui tivemos representantes da Igreja Católica, da Igreja de Confissão Luterana, do Budismo, do Judaísmo, do Candomblé, da Umbanda, enfim, tivemos as manifestações de todas as vertentes religiosas aqui, e eu acho isso importantíssimo, faz parte da essência dos seres humanos. Portanto, eu quero também, na mesma linha do Ver. João Carlos Nedel, cumprimentar o novo Arcebispo e desejar a ele uma profícua gestão à frente da nossa Igreja Católica do Rio Grande do Sul.

Sr. Presidente, eu quero, neste período de Comunicações, rapidamente prestar contas aqui aos meus colegas Vereadores, pois esteve, na semana passada, na nossa Comissão de Economia e Finanças, o Secretário Mauro Zacher, da Secretaria de Obras e Viação – SMOV. Também, antes dele, compareceu à Comissão o Secretário Flávio Presser, do DMAE. Nós temos convidado diversos Secretários para que prestem contas a respeito das obras que estão em andamento na Cidade, obras presentes e obras futuras, e quero dizer à população de Porto Alegre que nós, Vereadores, estamos vigilantes com relação ao andamento dessas obras. Preocupa-nos, Ver. Bernardino Vendruscolo, porque a Cidade está, Ver. Tarciso Fecha Negra, toda retalhada, no bom sentido, de obras aqui e acolá, de norte a sul. Mas essas obras, para que encontrem a sua finalidade, o seu destino, precisam também ser rápidas, céleres, e isso tem nos causado preocupação, porque nós estamos verificando que grande parte das obras estão paradas. Eu sou Vereador de Governo, obviamente nós estamos aqui na defesa do Governo, mas na defesa do Governo, mas na defesa do Governo importa também estarmos atentos e cobrando do Executivo agilidade no andamento dessas questões que interferem no dia a dia da Cidade, na qualidade de vida, no transporte público, no trânsito, enfim, absolutamente em tudo.

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Valter, eu quero cumprimentá-lo, porque realmente V. Exa. tem razão. Não importa se somos da base do Governo, se somos independentes, ou se somos da oposição, nós temos, acima de tudo, responsabilidade com a sociedade. Agora, V. Exa. é um homem da base do Governo, e, por isso, faz um pronunciamento que merece a minha admiração e, com certeza, dos demais colegas, porque não é de oposição, é um homem da base do Governo. E V. Exa. tem razão, há muitas obras paradas ou andando muito lentamente, e nós, Vereadores, somos cobrados e, na maioria das vezes, não sabemos o que dizer. Parabéns, Vereador.

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Muito obrigado. Nós somos muito cobrados, e com razão, eu cobrava do Secretário, por exemplo: por que a trincheira da Av. Plínio Brasil Milano está parada? Se a placa que está lá dizia que o início da obra era dia 28 de maio – maio! –, e nós já estamos entrando em outubro. Tantas outras... nós soubemos que houve um imprevisto na questão da trincheira da Rua Anita Garibaldi. Enfim, o que nos deu alento é que o Governo está cioso e diligente e nos deu prazo para que, rapidamente, tudo isso comece.

Então, eu quero dizer, concluindo, Sr. Presidente, para que as pessoas saibam que nós, Vereadores, estamos atentos, vigilantes e estamos cobrando. Somos da base do Governo sim, mas o que nos move aqui é o interesse público e as necessidades do cidadão. Portanto, nós vamos fazer a cobrança que estiver ao nosso alcance para que essas questões avancem no prazo mais rápido possível, e para que nós tenhamos as tão almejadas, desejadas e sonhadas melhorias na Cidade em um prazo condizente com as expectativas da sociedade porto-alegrense. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

O SR. JOÃO DERLY: Vereador-Presidente, Dr. Thiago. Gostaria de fazer um convite aos caros colegas Vereadores, amanhã nós teremos, na Faculdade Sogipa, um painel com o Secretário Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Ricardo
Cappelli. Então, todos os que se sentirem à vontade em debater esse tema do esporte educacional serão bem-vindos. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver. João Derly. O Ver. Waldir Canal está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Desiste. A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, venho a esta tribuna, em nome da Comissão de Direitos Humanos, convidar todos os Vereadores para comparecer na audiência pública que será realizada na noite de hoje, no bairro Humaitá, com a COSMAM e com a CUTHAB, para tratar de temas que são fundamentais e que, infelizmente, não são resolvidos pelo Prefeito e pela Prefeitura Municipal.

Primeiro, há a questão da Casa de Passagem Frederico Mentz. Os Vereadores que estavam na Legislatura passada certamente recordam da luta das famílias que foram colocadas, temporariamente, pelo DEMHAB, na Casa de Passagem Frederico Mentz e que foram abandonadas naquele local. São famílias que, por duas vezes, tiveram o compromisso dos então Secretários e do Prefeito Fogaça, em 2007 e em 2009, de reassentamento na região, da inclusão, não só no PIEC, como em programas habitacionais no bairro Humaitá e no bairro Farrapos. Isso não só não aconteceu, Ver. Garcia, como as pessoas seguem morando num lugar que tem esgoto a céu aberto para as crianças, onde não há água no chuveiro durante o dia – como vimos lá, eu e as Vereadoras Any, Luiza Neves, Mônica Leal, e o Ver. Mario Fraga, a Ver.ª Luiza Neves, a Ver.ª Mônica Leal e eu, em visita da Comissão. É uma situação precária. São 150 famílias que, Ver. Pedro Ruas, há nove anos, estão esperando a política habitacional na Casa de Passagem Frederico Mentz.

O lixo está entulhado no meio do espaço, contaminando a casa dos moradores e o pequeno bairro que lá foi instituído; a falta de água e o esgoto a céu aberto pioram o abandono dessas famílias, que, como eu já disse, por duas vezes tiveram o compromisso, ou melhor, o descompromisso, porque faltaram com a palavra, faltaram com a promessa os Diretores do DEMHAB e o Prefeito, à época, e as pessoas seguem, há nove anos, esperando a resposta da Prefeitura.

Assim como em relação à luta pelo centro comunitário, que foi firmada em 1994, como contrapartida do Programa Integrado Entrada da Cidade, e, até agora, em 2013, quase 20 anos depois, não foi construído. Pior: a área que tinha sido reservada para a construção do centro comunitário, como contrapartida do PIEC aos moradores, para ser um lugar de organização do bairro, do movimento social, do movimento comunitário, da organização da luta e da atividade das lideranças na região, está sendo ofertada, Ver. Pedro Ruas, para a OAS construir um centro cultural – que é contrapartida da OAS para com a Cidade, relacionada com a construção da Arena do Grêmio. Então, além de fazer cortesia com um terreno público para uma empresa privada, ainda usam uma área que deveria ter sido concedida às lideranças comunitárias da região, que há anos lutam pela construção do seu Centro Comunitário.

Por isso faremos a audiência pública hoje à noite lá. Realizamos em agosto, Ver. Mario Fraga, uma outra audiência, a partir da qual a Prefeitura ficou de nos dar a resposta para cada um dos temas levantados pela nossa Comissão de Direitos Humanos. Hoje, 23 de setembro, nós ainda não temos respostas, sejam da habitação, sejam do problema do esgoto, sejam em relação à luta pelo centro comunitário, e por isso as Comissões farão reunião conjunta hoje, dentro do bairro Assdecom, para que a comunidade tenha voz e vez e para que a gente lute para que a Prefeitura cumpra a sua palavra e garanta uma política habitacional para essas 150 famílias que aguardam...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Boa-tarde a todos e a todas, aos colegas, ao Presidente. Àqueles que nos assistem, quero desejar uma ótima semana. No sentido do que a Ver.ª Fernanda Melchionna trouxe, de uma audiência das Comissões da Casa, quero, também, aqui, registrar e deixar o convite, para todos os colegas, de uma audiência que realizaremos amanhã, na Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos – CEDECONDH, quando nós vamos tratar do problema do roubo de carros na nossa Cidade – um problema sério, grave, infelizmente, dos últimos dez anos, pelo menos, da nossa Cidade. Portanto, um problema bastante suprapartidário, não só dos governos que já passaram, como daqueles que são vítimas desse tipo de crime e de todos os outros. Normalmente não faz nenhuma diferença de que Partido são, por isso temos que nos unir, somar esforços na discussão das soluções que a nossa Cidade pode adotar para reduzir esse grave delito que faz com que Porto Alegre seja hoje a Cidade que tem o maior número de carros roubados e furtados do Brasil. Já estamos nesse ranking há oito anos, e isso faz com que tenhamos também o seguro mais caro do Brasil – isso não é culpa deste ou daquele governo. Ou nos unimos... E aqui vem o sentido dessa audiência.

Nós convidamos – e quero aqui enfatizar o convite – a Polícia Rodoviária Federal; a Polícia Federal, que tem inúmeras ações que podem realizar no entorno da nossa Capital, nas BRs, na saída lá na fronteira, por onde alguns desses veículos acabam saindo também para outros países; a Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Civil, para apresentar o novo Departamento de Trânsito, constituído recentemente, e as ações que vem desenvolvendo, como a criação das Delegacias de Trânsito, criadas agora, há três, quatro meses, que têm como objetivo a repressão a esse delito; e que o Detran também possa apresentar e nós todos termos conhecimento da lei dos desmanches, de como ela finalmente está sendo colocada em prática. Apenas dois meses atrás, depois de vários anos a lei parada, construída inclusive no Conselho Municipal de Segurança Pública de Porto Alegre nos bairros da nossa Cidade há sete ou oito anos, ainda não havia sido aplicada. E agora, finalmente, o Detran colocou no ar o cadastro para monitorar os chamados desmanches de veículos, para fazer a fiscalização; então o Detran também vai nos apresentar essas informações, mas nós precisamos também que o Município entre nessa cruzada. Nós precisamos de uma soma suprapartidária, e com o Município, por meio da SMIC, da EPTC, nós precisamos constituir, por exemplo, a chamada cerca eletrônica com identificadores das placas dos veículos, que é uma ação que ainda aguardamos que seja implantada, e o Município também pode, através da sua Secretaria Municipal, do seu Gabinete de Gestão Integrada Municipal, desenvolver, sim, um conjunto de ações permanentes que não pode ocorrer uma vez e se encerrar; uma, duas vezes na semana para responder à imprensa e depois não termos nunca mais nenhum tipo de ação. Então com a esperança de que possamos, efetivamente, colocar em prática aquilo que falamos de ações para além das nossas diferenças, porque, só assim, vamos reduzir a violência. Não adianta ficarmos colocando a culpa neste ou naquele governante. Nós como classe política temos que forçar as instituições de segurança pública para que se qualifiquem, se modernizem, para que, efetivamente, consigamos reduzir este que é um dos crimes mais graves que atingem a nossa Cidade nos dias de hoje. São dez mil carros roubados todos os anos na cidade de Porto Alegre, expondo cidadãos a um grave risco. Convido todos para a audiência, amanhã, às 16h30min. Agradeço os membros da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Urbana por esta audiência; eu não sou membro este ano, mas a Comissão chamou e eu espero que possamos ali, efetivamente, traçar um plano e acompanhá-lo, a cada três meses, com ações destes três níveis – União, Estado, e Município – para conseguirmos vencer este tipo de crime em nossa Cidade.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. CLÀUDIO JANTA (Requerimento): Protocolei um Pedido de Informações sobre o estacionamento, que não foi respondido ainda. Reitero o Pedido de Informações à Prefeitura, em caráter de urgência, sobre os contratos e convênios referentes à realização do mês Farroupilha no Parque Harmonia, acompanhado da prestação de contas e notas fiscais, assim como os editais de utilização de áreas públicas, com o nome dos servidores públicos municipais responsáveis pela gestão e fiscalização dos convênios e contratos do referido acampamento, já que áreas públicas foram cedidas a empresas privadas e várias explorações de espaços públicos foram feitas por empresas privadas, e não foi prestada conta ao Município.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MÔNICA LEAL: Vereador Dr. Thiago, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, pessoas que nos assistem pela TVCâmara, e as que nos brindam com a sua presença nesta Sessão plenária; hoje eu ocupo o tempo de Liderança do Partido Progressista entre surpresa, chocada, triste com a notícia que vou lhes dar. Em janeiro deste ano, assim que eu assumi como Vereadora, após a tragédia da Boate Kiss, em Santa Maria, eu logo me preocupei – achei que era minha obrigação como Vereadora da Capital – com a situação dos nossos prédios. Nada mais justo, então, já que sou uma pessoa que milita há muito tempo na área da segurança pública, que começasse pelos prédios que atuam justamente na segurança dos gaúchos. Foi quando eu comecei a pedir audiência, no Palácio Piratini, para o Chefe da Casa Civil, ex-Vereador desta Casa. Creio que devo ter pedido umas quatro vezes, e até com a ajuda do Ver. Comassetto, da Ver.ª Sofia, enfim, foram várias as tentativas e as solicitações de que me recebessem porque eu sabia que havia um problema no Instituto Geral de Perícias.

O que é o IGP? O IGP é o órgão responsável para elucidar crimes, também para resolver aquela tragédia que houve em Santa Maria, quando tantas pessoas morreram, e os peritos foram atender a esse grave episódio ocorrido lá. Eu sabia que havia problemas. Há muito tempo, eu venho acompanhando o desmonte da segurança pública do Rio Grande do Sul. E não é deste governo, são vários os governos: segurança só é prioridade em época de campanha, aí vira discurso bonito. O pessoal é eleito, todo mundo esquece. Então, fica registrado aqui: não tem sigla partidária esse discurso, nem ideologias partidárias. O que eu fiz foi procurar a Presidente da Comissão da qual eu faço parte com muito orgulho, a Ver.ª Fernanda – a Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos – e levar o assunto para ela. Trocamos várias ideias, mostrei o que eu tinha, e, juntas, decidimos solicitar para o Diretor do IGP que nos recebesse, que recebesse a comitiva dessa Comissão, que é responsável por tratar de segurança. Fomos muito bem recebidas e vimos horrores naquela tarde.

Eu poderia aqui citar vários problemas, mas nem preciso: vamos mostrar imagens. A equipe do meu gabinete, muito eficiente, já colocou no painel, só para os senhores terem uma ideia do que é o prédio do IGP. (Mostra slides.) Esse é o prédio que é responsável pela segurança, por tratar de elucidação de crimes, por tratar da segurança dos gaúchos. Vejam bem: a fiação mais parece um varal de roupas, exposta, vários são os riscos; tem só uma porta para 260 funcionários, não tem plano de prevenção contra incêndio, os extintores estão vencidos. A imagem da fiação, mais uma vez aí exposta, mostra muito mais do que as minhas palavras; ar-condicionado, goteiras, um balde – é possível uma coisa dessas? –, um balde para colher a chuva.

Mas o que me faz vir a esta tribuna é que, há poucos momentos, fui informada de que foi interditado o prédio do IGP. Por que foi interditado, senhores e senhoras? Olhem lá! Porque o MP notificou a Secretaria de Urbanismo para ir lá verificar o local, a Secretaria de Urbanismo enviou para o MP uma resposta, dizendo que nada havia sido feito, aí o MP pediu a interdição do prédio. Neste momento, o Instituto Geral de Perícias está interditado por completa incapacidade deste Governo de investir num órgão que é vital para a segurança dos gaúchos. Está aí, os senhores viram. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Quero dar as boas-vindas aos 11 alunos do 3º ano da Escola Municipal de Ensino Médio Emílio Meyer, acompanhados pelo Prof. Edson Bertin Dorneles e pela estagiária Bianca. Essa atividade faz parte do projeto Educação Política que o Memorial desta Casa, tão bem coordenado pelo nosso carinhoso Jorginho, desenvolve com as escolas da Cidade. Parabéns, é uma satisfação tê-los conosco!

O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, nem tudo está perdido. Eu ouvi aqui o Ver. Alberto provocando e falando sobre a reunião da segurança para se evitar um pouco o roubo de cabos, é meritório; ouvi aqui a desgraça do IGP, Ver.ª Mônica Leal. Mas leio no jornal Zero Hora, na página 34, que o 21º Batalhão lá da Restinga, comandado pelo Tenente-Coronel Amorim, está fazendo uma revolução com inteligência. Sem novos equipamentos, sem novas viaturas; com inteligência, está integrando as ações da Brigada Militar, da P2, com as delegacias da Polícia Civil da Zona Sul. E os resultados são fantásticos! A solução de crimes acontecidos na Zona Sul, com esse trabalho da tropa comandada pelo Tenente-Coronel Amorim, juntamente com as delegacias de polícia da Zona Sul, está tendo resultado. Isso mostra que as pessoas fazem a diferença, que os profissionais dedicados à causa pública fazem a diferença, como está fazendo o Coronel Amorim, lá no 21º Batalhão.

Eu não podia deixar de falar, já que eu estava olhando os jornais e me baseei neles para dar essa boa notícia, nessa corrupção lá no Palácio do Planalto. Eu fico com pena da Presidente Dilma. Ela precisa viajar toda semana, e eu acho que eles vão ter que inventar uma viagem por semana! Porque, agora, um assessor da Ministra Ideli Salvatti também estava fazendo o seu “lobizinho” dentro do Palácio do Planalto para desviar recursos de fundos de pensão e do PAT, junto com essa corrupção no Ministério do Trabalho, que não tem nada a ver com o PDT aqui do Rio Grande do Sul, mas que deixa todo mundo mal, deixa todo o mundo mal mesmo! Que coisa impressionante! E são valores altíssimos! Altíssimos! Valores complicados de falar. Eu imagino aqui o Ver. Mauro, todo mundo preocupado com desvios – e tem que se preocupar –, mas eles não conseguem fazer um trabalho sem que estoure um escândalo lá no Palácio do Planalto, nas barbas – se tivesse barba a Presidente Dilma; não tem – da presidência da República. São escândalos em cima de escândalos!

Agora, escândalo maior do que isso, Ver. Valter Nagelstein, é o Aeroporto Salgado Filho. Tem uma notícia bem grande na Zero Hora de hoje sobre a instalação do ILS 2, que evitaria que o Salgado Filho continuasse sendo o aeroporto de Nova Prata, por exemplo: se tem visão natural, baixam os aviões; caso contrário, não baixam e não sobem! E as empresas ou as pessoas que precisam ir a São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, que têm reunião pela manhã, precisam viajar no dia anterior para poder garantir seu horário.

 

(Aparte antirregimental do Ver. Valter Nagelstein.)

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Agradeço o aparte assessorial que V. Exa. me deu, Ver. Valter. Então, ou é o aeroporto que não termina, a BR-101, que não termina; a 386, que não termina; as inaugurações de casas já feitas em São Leopoldo há quatro, cinco anos que não se realizam! Mas nós estamos vivendo do quê? O que é que o alinhamento das estrelas trouxe de bom paro o Rio Grande do Sul? O Governador Tarso tentou fazer uma fantasia de tomar os pedágios, mas ele tirou as cancelas e colocou os buracos nas estradas. Nada dá certo nesses dois governos! Que coisa impressionante! E nós estamos pagando o pato em Porto Alegre.

A Caixa Econômica Federal tem uma burocracia danada, é uma tranca-rua do País, ela só sabe fazer propaganda bonita e pagar caro para esses artistas. Agora, quando é hora de liberar dinheiro, não libera! O que é que nós podemos festejar com esses governos, com o alinhamento das estrelas? Olha, a cada dia cai um meteorito na nossa cabeça. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Mario Fraga está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores; público presente nas galerias, em especial os alunos da Escola Emílio Meyer que vêm conhecer esta Casa e os seus Vereadores através do excelente trabalho que o Professor Jorge Barcellos faz, há muito tempo, de trazer as crianças, os pré-adolescentes e adolescentes à Casa do Povo. Sejam bem-vindos.

Queria falar de alguns assuntos, em Tempo Liderança da Bancada do PDT, que hoje era do Ver. Nereu D’Avila e que, posteriormente, vai passar para o Ver. Christopher Goulart, que assume novamente para ficar mais uma temporada conosco e, se Deus quiser, ficará aqui em definitivo.

O primeiro assunto que trago, infelizmente, é referente à Av. Juca Batista. Eu e o Ver. Paulinho Motorista temos falado aqui que aquela comunidade tem sofrido bastante. E nós, Dr. Thiago, que passamos lá seguidamente, quase todos os dias, vimos, nesse último fim de semana, a chuva entrar nas casas lá na Av. Juca Batista, perto da ponte da Gabiroba.

Nós conseguimos, através do Secretário de Obras, Ver. Mauro Zacher, que as máquinas fossem lá, e elas foram passadas na segunda-feira, na terça-feira na quarta-feira, na quinta-feira, e sexta, sábado e domingo veio a chuva. Infelizmente, Ver. Paulo Brum, a avenida voltou a ficar intransitável.

Estamos fazendo um apelo aqui para a SMOV voltar ao local, já que ela esteve lá a pedido de dois Vereadores, no caso, o Ver. Mario Fraga e Ver. Paulinho Motorista. A Av. Juca Batista está precisando desse reparo novamente e eu faço este apelo aqui diretamente da TVCâmara.

Queria também falar com a Ver.ª Fernanda que nós já estivemos na casa de passagem da Vila Farrapos, a qual já está assentada lá há nove anos. A nossa Comissão fez uma visita lá, e, realmente, as pessoas estão necessitando de alguma ajuda, em especial, a ajuda do meu Governo, do qual sou Vice-Líder nesta Casa. Então, hoje à noite, faremos uma reunião lá na Vila Farrapos para ver se conseguimos avançar em alguma coisa.

Antes, quando chegávamos lá, as pessoas chegavam a fugir de nós, porque, em todo o País, não só em Porto Alegre, as pessoas já estão cansadas de promessas.

Esperamos que na reunião de hoje, Delegado Cleiton, com as três Comissões – o Delegado Cleiton é Presidente da CUTHAB –, tenhamos algum resultado para aquelas pessoas que tanto necessitam.

Por fim quero dizer, Delegado Cleiton, nós até brincamos dizendo que estamos surfando nas ondas, mas no feriado, no fim de semana, escutando as notícias, escutando rádio, ouvi sobre um projeto que o Distrito Federal apresentou – meu amigo Silvio Ungaretti, que já fez alguns projetos para nós –, que proíbe a venda e a comercialização de réplicas de armas de fogo, as armas de brinquedo. E eu estou entrando com esse projeto nesta Casa, verifiquei que ninguém havia entrado ainda – no projeto dos Fogos de Artifícios eu perdi de ser um dos autores por 30 minutos –, um projeto simples, que proíbe a venda e a comercialização das réplicas de brinquedos de armas de fogo.

O meu projeto aceita emendas, porque é uma ideia que tirei ouvindo as notícias de jornal e televisão, e o adaptei para a cidade de Porto Alegre. É lógico que não é uma coisa para prejudicar ninguém, nem acabar com os brinquedos. O projeto entrará em vigor após um ano de existência, depois de 360 dias da promulgação pelo Prefeito Municipal, se assim ele desejar, para que o comerciante e as empresas se desfaçam dos seus estoques. É uma ideia interessante que resolvi copiar e trazer para Porto Alegre.

Acho importante, principalmente, para quem mora em regiões mais afastadas, como eu, onde, infelizmente, as crianças ainda brincam com armas de fogo. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, já faz algum tempo que eu queria fazer, aqui, uma pequena meditação. Como colorado que sou, e a partir dos resultados do nosso time no Campeonato Brasileiro, como o nosso coirmão anda mais ou menos igual, depois dos sucessivos tropeços, e nós, da capital gaúcha do Estado do Rio Grande do Sul, que temos dois campeões do mundo, há 33 anos não disputamos mais, com chances, um Campeonato Brasileiro, eu acho que é preciso meditar. Acho que também é preciso, como todos nós, treinadores brasileiros, começar a pensar na formação das nossas equipes de futebol, porque, na realidade, nós temos folhas de pagamento astronômicas e resultados praticamente zero. Nós competíamos, meu caro Presidente, quando tínhamos atletas e jogadores gaúchos na predominância da composição desses times. Passamos a outra visão mais internacionalizada e os resultados são duríssimos.

Eu faço essa preliminar para fazer uma pequena análise do Beira-Rio, a nossa sede do Campeonato Mundial de Futebol. Temos em Porto Alegre, de um lado, a Arena; um Centro de Porto Alegre que é belíssimo; no outro lado esse grande e vasto parque; e, logo a seguir, o Beira-Rio. E eu acompanho colorados dizendo que seria e que será um dos mais bonitos desenhos de arquitetura o do estádio do Beira-Rio – e eu acredito nisso –, mas, se nós passarmos por lá agora – eu compreendo a questão da sustentabilidade econômica do empreendimento –, vamos ver que teremos um dos mais belos estádios de futebol do mundo na capital do Estado do Rio Grande do Sul, e, para a nossa surpresa, o estádio está aqui, o Guaíba aí, que é um cartão postal da Cidade, e, entre o estádio e o Guaíba, um estacionamento, uma garagem. Porto Alegre perde aí uma oportunidade ímpar para o seu embelezamento, tendo uma atração turística; como termos uma obra daquela magnitude, escondida, sufocada por – nada contra – uma garagem, um estacionamento de automóveis. Eu acho que seria preciso ter pensado em uma estrutura, talvez, um pouco diferente, porque nós embelezaríamos a cidade de Porto Alegre com essa formatação do entorno, o nosso Guaíba, o cartão postal da Cidade. Repito, e eu tenho dito já faz tempo, enquanto até relator que fui do nosso Plano Diretor, da área Centro-Cais: nós temos à mão o nosso cartão postal, o Guaíba, e nós fazemos obras que, de uma parte, embelezam a cidade e, de outra, as escondemos. Portanto, sem crítica, sem dizer que está tudo equivocado, mas acho que esse desenho não vai fazer bem para a cidade de Porto Alegre, para o nosso turismo da cidade. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Quero agradecer o Conselho de Farmacologia e de Farmácia pelo convite, trazido pela Ver.ª Jussara Cony, para participação na 2ª Semana do Farmacêutico. “Todos pela valorização profissional. Participar é valorizar. Conselho Regional de Farmácia”.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 15h45min): Havendo quórum, passamos à

 

 

ORDEM DO DIA

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 2751/13 – PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 003/13, de autoria da Comissão de Constituição e Justiça, que autoriza o prefeito municipal de Porto Alegre, senhor José Fortunati, a ausentar-se do País, no período de 25 de setembro a 7 de outubro de 2013, para viajar às cidades de Roma, na Itália, Rabat, em Marrocos, e Paris, na França.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 23-09-13.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão o PDL nº 003/13. (Pausa.) O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para discutir o PDL nº 003/13.

 

O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, Vereadoras, Vereadores, público que nos assiste, este seria, na verdade, um projeto normal, corriqueiro, não fosse o fato de que a agenda divulgada do Prefeito inclui bem menos dias. A agenda divulgada do Prefeito – talvez exista outra – inclui o dia 27; depois inclui os dias de 1 a 4 de outubro; e depois o dia 7 de outubro somente. Ora, Ver. Mauro Pinheiro, são muito poucos dias para 12 dias de diárias. Esta é a agenda divulgada: dia 27, na Itália; de 1 a 4, em Marrocos; uma agenda em cada dia; no dia 7, em Paris. Então, como são 12 dias de diárias? Na verdade, Ver. Alberto Kopittke, pela agenda divulgada e pelas diárias que pretende o Prefeito, há um vácuo; há, Ver.ª Mônica Leal, lacunas sérias aqui. Ver.ª Lourdes Sprenger, não sei se V. Exa. se deteve nesse detalhe. Eu não tenho nada contra a viagem; nós analisamos bastante hoje pela manhã, eu e a Ver.ª Fernanda Melchionna, mas os dados divulgados da viagem do Prefeito e de sua esposa não combinam, em termos de diárias, com a agenda divulgada, por isso eu e a Ver.ª Fernanda Melchionna vamos votar contra o projeto. Não há uma explicação razoável para isso. Até agora não houve, e nós estamos votando o projeto. Não há nenhuma explicação até agora. Então, é uma situação delicada, nós nunca votamos contra viagens e diárias do Prefeito, nunca. Já no segundo mandato do PSOL, em nenhum momento votamos contra, mas esta aqui não é possível. São 12 dias de diárias com uma agenda divulgada de 5 dias; são 6 dias se contar o dia 7 em Paris. Não é possível! Não é possível. Nós não temos condições de votar a favor nessas condições, Sr. Presidente, Vereadoras, Vereadores.

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Pedro Ruas, o PDL nº 003/13. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 17 votos SIM e 06 NÃO. O Presidente não vota nessa situação, porque é voto qualificado.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0394/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 008/13, de autoria do Ver. João Derly, que inclui a efeméride Dia Municipal do Grêmio Estudantil Livre no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre – Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações posteriores –, no dia 28 de março.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Waldir Canal: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relatora Verª Mônica Leal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 17-06-13.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão o PLL nº 008/13. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. O Ver. João Derly está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 008/13, como autor.

 

O SR. JOÃO DERLY: Boa-tarde, Sr. Presidente, demais Vereadores, público nas galerias e público que nos assiste pela TVCâmara. O projeto hoje em debate resgata a história do movimento estudantil e enaltece a importância da participação dos estudantes secundaristas e dos grêmios estudantis na vida da escola, da Cidade e do País.

Nas grandes lutas deste País, os estudantes secundaristas, organizados em seus grêmios estudantis, tiveram papéis decisivos. Foi assim na campanha O Petróleo é nosso, na luta contra a ditadura, pela anistia e Diretas Já. Foram os secundaristas os responsáveis pelas grandes mobilizações de 1992, no Fora Collor, na garantia de reserva de vagas nas universidades públicas, meia-entrada e o passe livre intermunicipal votado esses dias na Assembleia; os 10% do PIB para a Educação, a aplicação do Fundo Social do Pré-Sal em Educação são conquistas dos movimentos secundaristas. Desde a promulgação da Lei nº 7.398, em 1985, é garantido o direito de livre organização das entidades estudantis, através da Lei do Grêmio Livre. A data proposta neste projeto é a justa homenagem à memória e à luta do estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto, assassinado brutalmente pelo regime militar em 28 de março de 1968 no restaurante Calabouço, no centro da Cidade do Rio de Janeiro. Edson Luís foi o primeiro estudante vítima fatal do regime militar; comoveu a Nação e tornou-se símbolo da luta pela democracia. Todo dia 28 de março, estudantes do Brasil inteiro, na jornada de luta da UNE e da UBES, fazem passeatas em nossas cidades em memória ao estudante e na luta por mais direitos e, especialmente, pela educação pública gratuita e de qualidade. Infelizmente não consegui apresentar a tempo para que a gente pudesse estar comemorando juntamente essa data.

No ano em que nossas cidades e o País foram sacudidos pelos protestos de rua em defesa de políticas de mobilidade urbana, Mais Saúde e Mais Educação, louvamos os grêmios estudantis como entidades pelas quais muitos jovens têm o primeiro contato com a política. Eu creio que aqui há muitos Vereadores que participaram de grêmios estudantis; o Delegado Cleiton está até fazendo um sinal de sim. Eu, infelizmente, só participei da classe, eu era líder de classe, não cheguei a entrar no grêmio estudantil por falta de tempo mesmo. Reiteramos a nossa luta para que seja garantido o direito de livre organização dessas entidades, responsáveis pela promoção de atividades educacionais, culturais e esportivas e, principalmente na luta pela melhoria da educação. Nesse sentido, esta Casa cumpre o seu papel na defesa da democracia, aprovando o Dia do Grêmio Livre no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 008/13.

 

O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, meu caro Ver. João Derly, andou bem V. Exa. na ideia do Dia Municipal do Grêmio Estudantil Livre. Na verdade, também o exemplo de V. Exa., desde o estudante Edson Luís e a lembrança do que foi o movimento estudantil de resistência à ditadura militar são importantes e têm absoluta relevância no momento em que se estuda e se debate uma data como essa. Eu quero dizer que V.Exa., pela idade, obviamente, não pôde presenciar diretamente, mas conhece, pela história que estuda, o que foram esses movimentos, a importância dos grêmios estudantis, dos centros acadêmicos, dos diretórios durante o período brutal da ditadura militar. Acredito que agora, com inúmeras formas de estudo da história e de resgate do que realmente aconteceu, a data que V. Exa. propõe será uma data de reflexão, de estudo, de esclarecimento, de busca da verdade. O projeto tem todo o mérito e merece aprovação.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 008/13.

 

O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras funcionários desta Casa, senhoras e senhores, estávamos ali, eu e o Clàudio Janta, disputando a palavra para vir defender esse projeto, tamanha a importância dos grêmios estudantis, como já disse o colega Pedro Ruas, na transformação da história deste País. E hoje continuamos vendo as lutas desses movimentos nas ruas. Aqui vários companheiros – como já falei, Clàudio Janta, Cassio Trogildo, Reginaldo Pujol – participaram de grêmios estudantis. Eu, com muita honra, fui presidente, três vezes, de um grêmio estudantil. Inclusive, na época, implantei na escola – isso em 1979, na reabertura – o voto direto dos estudantes. E nossa bandeira era, Ver.ª Sofia Cavedon, naquela época, mais verbas para a Educação. Já era uma bandeira, mesmo na época eu não sendo filiado ao meu Partido, o PDT, que tem como base a Educação. Já, naquela época, gritávamos nas ruas, com cartazes feitos à mão dentro de cubículos, como eram chamados os grêmios estudantis, as salas dos grêmios estudantis nas escolas. Gritávamos, levantávamos e empunhávamos a bandeira para mais verba para a Educação. Hoje me solidarizo com os professores que estão nessa luta. Há pouco, a nossa querida Ver.ª Fernanda Melchionna trouxe-nos aqui uma Moção de Apoio ao CPERS-Sindicato. Solidarizo-me e digo mais: o meu Partido deveria rever algumas posições, porque temos, sim, que continuar nessa bandeira que era a dos grêmios estudantis, de mais verba para a Educação e valorização dos professores! Então, com essa bandeira, faço aqui um pedido para a votação deste projeto do colega João Derly. E mais: que seja levantada e repensada a valorização que devemos dar aos professores e à Educação neste País. Dia desses, alguém me falou que para que não existissem criminosos, deveríamos não deixá-los nascer. Mas esse “não deixar nascer” não é não deixar nascer realmente, mas investir em Educação, Ver. Pedro Ruas, que é a única forma de se fazer segurança e não deixar nascerem marginais. Obrigado, senhores.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 008/13, pela oposição.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: O Ver. Delegado Cleiton me inspirou a vir à tribuna. Eu já estava muito contemplada pelo encaminhamento do Ver. Pedro Ruas, mas, ao resgatar a nossa militância, ele me inspirou a vir ocupar este espaço para elogiar o projeto do Ver. João Derly e dizer da importância dessa legislação que institui o Dia Municipal do Grêmio Estudantil Livre na nossa Cidade, e, sobretudo, da Lei que instituiu o Grêmio Livre. O Ver. Pedro Ruas foi muito correto quando resgatou a história do movimento estudantil secundarista nas grandes transformações que o Brasil viveu, seja a luta contra a ditadura militar, a luta pelas diretas, a luta pelo Fora Collor, as lutas recentes, em junho, no nosso País. Ainda que, muitas vezes, os estudantes tenham saído por conta própria de dentro das escolas, retomou-se o ativismo juvenil, importantíssimo dentro dos estabelecimentos de ensino das escolas, buscando a organização juvenil através de pautas, que, muitas vezes, dizem respeito à educação, à situação da escola, à luta por direitos e também extrapolam a própria educação, pautando temas mais gerais da nossa Cidade, como, por exemplo, a luta contra o aumento abusivo do preço das passagens, a luta contra a roubalheira, a luta por um futuro mais justo e igualitário para o nosso povo.

Eu queria falar desta lei, porque, na verdade, ela é um marco, a ideia do Grêmio Livre. É uma legislação que nasceu em 1985 e acabou com a intervenção das direções e dos governos, muitas vezes, sobre a organização estudantil. Esta lei é simples e pequena, Ver. Pedro Ruas, mas é muito emblemática. Diz que a organização dos estudantes dentro das escolas compete aos próprios estudantes; diz que a chamada para as eleições para a instituição dos grêmios estudantis nasce, desenvolve-se e se concretiza pela organização juvenil e não mais... Aliás, não pode haver intervenção de direções ou mesmo de governos. Parece muito singelo, mas nós discutimos na CECE, em 2010 – o Ver. Professor Garcia era o Presidente e trouxe o assunto à pauta – a situação da escola Infante Dom Henrique, onde a Diretora não queria aceitar o processo eleitoral dos estudantes, e chamou a polícia, chamou a Brigada Militar para tirar os estudantes, que estavam se auto-organizando dentro da escola! E nós tivemos que intervir como Câmara de Vereadores para dizer que aquilo era ilegal, que era um absurdo, evidentemente, chamar a Brigada Militar para os estudantes, mas, mais que isso: era o contrário do que a Lei do Grêmio Livre instituía para a organização dos estudantes. E, logo depois do processo, a escola teve um grêmio ativo, organizado, reconhecido pelos estudantes, autogestionado pelos estudantes e sem nenhuma intervenção da direção.

Então, a inclusão desse Dia Municipal do Grêmio Livre no nosso Calendário é simbólico e importante para resgatar a necessidade da organização juvenil, o respeito à organização juvenil e, sobretudo, a certeza de que ela tem que ser independente, combativa e comprometida com as grandes transformações do nosso País.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 008/13.

 

A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, colegas que nos antecederam a partir do autor, Ver. João Derly. Eu não poderia me furtar de vir a esta tribuna para fazer este encaminhamento. Não poderia porque a história da luta da juventude brasileira corre lado a lado com a história da luta do povo brasileiro, dos operários, das mulheres, dos trabalhadores e daqueles que querem as transformações de fundo para esta Nação.

Quando nós nos elegemos, o Ver. João Derly e eu, a nossa querida Deputada Federal Manuela d’Ávila fez uma figura que eu trago a esta tribuna, pois achei muito interessante; ela disse: “Nós reelegemos, 30 anos depois, uma pessoa que hoje é uma veterana; e elegemos também um jovem para compor a nossa Bancada”. E tem sido, Ver.ª Sofia Cavedon, uma relação de uma dinâmica do significado da juventude, do significado dos veteranos, como a Manuela se referiu a mim naquele momento, que nos prepara para cada vez aprender mais, para entender que temos sempre que aprender para sermos artífices da história, no tempo histórico em que cada um de nós vive.

Eu venho da luta da Legalidade, liderada por Brizola; venho do Movimento Estudantil do meu querido Colégio Rui Barbosa e do meu querido Colégio Júlio de Castilhos, no fim da década de 60, início da década de 70. Venho da luta pela redemocratização deste País, após o Fora Collor e chegando à luta pela construção de uma Nação. Então, quando o João Derly traz essa possibilidade de nós homenagearmos quem se tornou Edson Luís, quem se tornou um símbolo da juventude brasileira e dos brasileiros contra a ditadura, exatamente porque ele foi assassinado pelo regime militar, num 28 de março de 1968 – nessa época eu cursava o Júlio de Castilhos –, no restaurante Calabouço, eu tenho que trazer aqui a figura da UBES, a figura da UNE, a figura dos jovens que historicamente são linha de frente nas transformações.

Então, João Derly, eu subo a esta tribuna para te render homenagem, para render homenagem aos jovens – não é, Pedro Ruas? –, aos jovens que dão essa dinâmica no tempo histórico, no processo histórico. Quando se trabalham memória, verdade e justiça, que tu, Pedro Ruas, lideras e do que a gente tem participado, é isto: a memória de todos aqueles que lutaram, a memória da nossa juventude. A verdade da qual nunca podemos abrir mão, João; e a justiça, que nós precisamos fazer como tu estás fazendo neste momento. Isso aqui é memória, isso aqui é verdade, isso aqui é justiça. Então eu me sinto emocionada, gratificada; eu sinto que nada foi em vão; eu sinto o papel do meu partido, o Partido Comunista do Brasil, que foi um partido que vivenciou momentos dessa história, na maioria da sua história de 91 anos, na clandestinidade, na maioria olhado por aqueles que, dentro da Pátria, se tornaram inimigos da Pátria, sob a ótica de atender aos interesses de fora desta Nação. Eu olho a história da juventude com a mesma emoção dos meus 17, dos meus 18, dos meus 19 anos, que foi o momento em que eu mais atuei dentro do meu tempo histórico. Eu estou lembrando aqui, neste momento, um Vereador desta Casa, o Isaac Ainhorn, que era um dos grandes defensores, veio no tempo histórico da luta, também, pela torre “O petróleo é nosso”, também colega do Júlio de Castilhos, que era uma referência não só no ensino, não só na educação dos homens e mulheres para as transformações; o Júlio de Castilhos era um local de resistência, o Julinho era um local de resistência, de luta, de formação de consciência.

Então, nós aprovarmos, neste momento, um projeto que resgata a história do movimento estudantil enaltece a importância da participação dos estudantes, sejam secundaristas, sejam universitários; enaltece a participação dos jovens trabalhadores, João Derly, porque eu acho que sempre nós temos que trabalhar nessa ótica em que a União da Juventude Socialista – UJS – trabalha. São os estudantes, são os trabalhadores, são os homens, as mulheres, os brancos, os negros, são todos aqueles que buscam essa construção. Para mim, João, estar ao teu lado, e poder reviver contigo momentos importantes como este, é uma gratificação enorme, pelas gerações, pois muitos de nós não estamos mais aqui. Ainda esperamos os corpos dos nossos desaparecidos, ainda esperamos o corpo de Cilon Cunha Brum, e aqui eu rendo uma homenagem, através do Cilon, a toda família Brum, que tem lá no seu local de nascimento, em São Sepé, uma cova aberta, um túmulo aberto à espera do corpo de seu filho que foi morto porque lutava pela pátria. Neste momento esta Câmara Municipal, que teve muitos homens e mulheres, lembro Glênio Peres, Aloísio Classmann, cassados; lembro Teresinha Irigaray, na época cassada como Deputada, lembro aqueles que, nesta luta como juventude, também nos deixaram um legado. Viva a luta da juventude! Viva a luta dos revolucionários! E viva a luta daqueles que, em conjunto, independente da idade que tiverem, sabem que ainda temos muito, Pedro Ruas, o que caminhar para aquela nova sociedade que sonhamos! Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Clàudio Janta, o PLL nº 008/13. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 23 votos SIM.

Solicito às Lideranças que se aproximem da Mesa, por favor. (Pausa.)

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1096/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 092/13, de autoria do Ver. Professor Garcia, que inclui a efeméride Dia dos Professores de Educação Física sem Fronteiras da Federação Internacional de Educação Física – FIEP – do Brasil no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre – Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações posteriores –, no dia 20 de abril.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elizandro Sabino: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relatora Verª Luiza Neves: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 19-08-13.

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão o PLL nº 092/13. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05 minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1198/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 109/13, de autoria do Ver. Paulo Brum, que altera a ementa e o caput e os §§ 1º e 2º do art. 1º e inclui art. 1º-A na Lei nº 7.768, de 18 de janeiro de 1996, dispondo sobre a utilização de vagas reservadas para pessoas com deficiência em estacionamentos de locais de uso público ou de uso privado e sobre a aplicação de multas pela utilização irregular dessas vagas.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB, CECE e CEDECONDH. Relator-Geral Ver. Elizandro Sabino: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 23-09-13.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão o PLL nº 109/13. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) O Ver. Paulo Brum está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 109/13.

 

O SR. PAULO BRUM: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; eu não estou inventando a roda, isso já existe, estamos incluindo na legislação do Município de Porto Alegre a previsibilidade de multa para quem estacionar o seu veículo em vagas reservadas para veículos que transportam pessoas com deficiência. Já é lei na capital do Rio de Janeiro desde setembro de 2012, projeto semelhante tramita em outras capitais como São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, enfim, há um clamor geral para que haja respeito à reserva de vagas para veículos que transportam pessoas com deficiência.

Nós, quando estávamos à frente da Secretaria Municipal de Acessibilidade, lançamos a campanha Respeitar é Legal, em Porto Alegre, que tratava exatamente da conscientização para que as pessoas não utilizassem essas vagas reservadas para as pessoas com deficiência. Mais recentemente o Ministério Público e a Secretaria da Acessibilidade em Porto Alegre, lançaram uma campanha de conscientização também para que pessoas imorais respeitassem esse dispositivo, que na verdade não vem sendo respeitado.

Esta Casa aprovou recentemente um Projeto de Lei do Ver. Comassetto que institui a campanha Multa Moral. De que adianta nós colocarmos um panfleto no para-brisa de um carro de um cidadão dizendo que ele está recebendo uma multa moral? Para mim, esse cidadão que não está respeitando a legislação, não está respeitando esse espaço destinado aos veículos que transportam pessoas com deficiência, é um imoral! Então, de nada adianta nós colocarmos um panfleto, uma multa moral para esse cidadão. A única maneira de nós fazermos com que haja respeito é nós atingirmos o bolso desse cidadão que não está respeitando essa legislação.

Então, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, nós pedimos o voto de cada um para que possamos fazer com que Porto Alegre também entre em conjunto com esses municípios, com essas capitais que já estão legislando sobre o respeito, sobre a aplicação de multa a cidadãos que estacionam os seus veículos em vagas reservadas para veículos que transportam pessoas com deficiência. Portanto, eu peço o voto dos senhores, visto que no dia 21 de setembro nós comemoramos o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. Peço que esta Casa, mais uma vez, ofereça esse mecanismo de respeito às pessoas com deficiência. Obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver. Paulo Brum. O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 109/13.

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Vereador autor, amigo Paulo Brum, eu tenho uma dúvida e ao mesmo tempo uma crítica construtiva à condução dos trabalhos, Sr. Presidente, porque se fosse em discussão nós poderíamos apartear o autor e poderíamos esclarecer algumas dúvidas. Como é encaminhamento, não resta outra alternativa ao Vereador do que subir à tribuna para tentar esclarecer a dúvida. E a minha dúvida consiste no seguinte: eu já fui Secretário da Indústria e Comércio, assim como o Ver. Cecchim, responsável por duas fiscalizações, a da SMIC, que é a fiscalização sobre o comércio de forma geral, sobre especialmente aquilo que concerne ao Código de Posturas do Município, e a fiscalização do Procon, que também está afeta à SMIC. Nenhuma dessas tem competência nisso que está propondo o Ver. Paulo Brum, porque aí é uma questão de trânsito, e isso é de competência precípua da EPTC. Mas essa competência precípua da EPTC, Ver. Paulinho Motorista, é de logradouros públicos; ela não pode entrar em shopping centers. Aí é que reside a minha dúvida. Como vamos proibir – por mais que eu reconheça, por mais que eu queira, que eu deseje, que eu ache que seja algo bárbaro – alguém de estacionar em uma vaga de deficiente físico ou de idoso, ou em uma vaga especial? Infelizmente isso faz parte da pouca educação do nosso País. Como um agente de fiscalização pública da EPTC tem como tarefa precípua a fiscalização de logradouros públicos, como ele vai entrar dentro de um shopping center, do Barra ou de qualquer outro para fiscalizar lá dentro? Ele não pode fazer isso! Não é da competência dele! Então, Ver. Cassio, no momento em que eu tiver este esclarecimento, vou me sentir confortável porque, embora eu concorde com o mérito da lei, eu acho que ela não é legal se não responder a esse questionamento que este Vereador vem aqui na tribuna humildemente fazer. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Esclareço o Vereador que nós passamos pela discussão do projeto e, como não havia quem quisesse discutir, até porque havia um consenso aqui, passamos para os encaminhamentos e votação.

O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 109/13.

 

O SR. CASSIO TROGILDO: Boa-tarde, Sr. Presidente Ver. Dr. Thiago, apenas a título de esclarecimento, após a intervenção do Ver. Valter. Eu ia aparteá-lo, mas isso não é permitido como estamos encaminhando a votação. Na verdade, o projeto não pode definir a fiscalização. Inclusive conversando com o Gil Almeida, existe a possibilidade de o Governo Municipal delegar a fiscalização para a Secretaria de Acessibilidade – SMACIS, que tem agentes de fiscalização. Na verdade, o que é necessário, e aí está o mérito do projeto do Ver. Paulo Brum, é que na legislação também exista a reserva de vagas para pessoas com deficiência nos estacionamentos dos estabelecimentos privados, mas hoje não existe ninguém que faça a fiscalização. As pessoas com deficiência chegam para utilizar o seu local reservado e, muitas vezes, lá está ocupado por alguém que não é deficiente. Então esse é o intuito do projeto do Ver. Paulo Brum. Isso já existe em outras capitais e vai caber ao Executivo Municipal definir quem vai fazer a fiscalização. De pronto, nós já fizemos o encaminhamento com o Gil, porque na própria SMACIS, da qual o Ver. Paulo Brum foi Secretário, existem agentes de fiscalização que poderão, se assim determinar o Executivo Municipal, ficar responsáveis por essa fiscalização. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o PLL nº 109/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0396/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 009/13, de autoria do Ver. João Derly, que inclui a efeméride Dia Municipal do Judô no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre – Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações posteriores –, no dia 28 de outubro.

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Márcio Bins Ely: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Verª Séfora Mota: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relatora Verª Mônica Leal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 19-08-13.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão o PLL nº 009/13. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 2294/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 024/13, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que concede a Comenda Porto do Sol à Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ e CECE. Relator-Geral Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 23-09-13.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão o PR nº 024/13. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do PR nº 024/13.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Boa-tarde, Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, queria, inicialmente, cumprimentar aqui o nosso Luciano Zanella; o Secretário do Corede Serra; a Analice Antoniolli, Presidente da Câmara de Nova Bassano, que estão acompanhando esta Sessão; o Domingos Costella, Diretor da Oleoplan, que também está conosco, que tem reunião com o Governo do Estado na sequência. Quero apenas fazer um registro, porque merece que seja registrada, nesta tribuna, a concessão da Comenda Porto do Sol à Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa.

Imaginem uma entidade cultural com 75 anos de existência, criada em 1938, é uma das mais antigas em funcionamento no Estado, que promove a arte, defende os interesses dos seus associados, e, ao longo da sua história, participou de muitos momentos políticos como a luta contra o Estado Novo, a luta pela anistia, as constituintes de 1946 e 1988, a liberdade de expressão no Brasil, nos momentos em que foi reprimida. E teve, a Chico Lisboa, presidentes com a estatura de Carlos Scliar, Guido Mondim, Francisco Stockinger, Vasco Prado, Zoravia Bettiol, Riopardensense de Macedo e Carlos Alberto Petrucci.

É uma entidade de grandes méritos, importante não só para a cultura, como para a história do Brasil, para a história do Rio Grande.

Durante a ditadura militar, ela teve que reduzir as suas atividades, mas voltou, em 1979, com força, e não parou de crescer. Participou da formação de polos culturais pelo Rio Grande afora, como Cachoeira do Sul, Uruguaiana; organiza atividades variadas como feira de artes, debates, seminários, publicações, edição de jornal; mantém o Prêmio Arte Chico Lisboa e, recentemente, participou da executiva do Fórum Gaúcho em Defesa da Cultura e da Elaboração de leis Estaduais de Incentivo à Cultura.

A Associação Chico Lisboa participa de representações em comissões, grupos de trabalhos e coletivos que selecionam projetos na área de artes visuais no âmbito municipal, estadual e federal.

Sempre a Chico Lisboa é chamada para participar desses concursos dos conselhos de Cultura. Está sediada na histórica Travessa Venezianos, onde administra o espaço cultural em que realiza, periodicamente, várias atividades selecionadas por edital ou curadorias.

Então, senhores, a ideia de que a Comenda Porto do Sol, que podemos dedicar uma a cada quatro anos, vá para Chico Lisboa, não é à toa. É porque nós defendemos que a arte é direito, que a cultura é direito de todos, a cultura nos humaniza, e que tem pouco reconhecimento, mas que se mantém firmemente aqui no Sul, e que há muitos que lutam por ela uma vida inteira. E a Associação Chico Lisboa reúne muitos desses artistas, e dessas artistas.

Não é fácil sobreviver nessa área, mas para a vida, para a qualidade de vida, para a formação da dignidade humana, da pessoa humana, é fundamental a estratégia.

Então, peço aos meus nobres pares que apoiem esta homenagem à Chico Lisboa. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Thiago): Obrigado pela compreensão, pela didática.

Em votação o PR nº 024/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

PROC. Nº 2500/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 183/12, de autoria do Ver. Professor Garcia, que inclui o Dia Municipal da Ginástica Laboral no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre – Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações posteriores –, no dia 22 de novembro.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Elizandro Sabino: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 19-06-13 por força do art. 81 da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE (Thiago): Em discussão o PLL nº 183/12. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) O Ver. Professor Garcia está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 183/12.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, a questão de ter um Dia Municipal da Ginástica Laboral, nós entendemos como muito importante, e, além disso, nós estamos trabalhando para que tenha o Dia Estadual e o Dia Nacional da Ginástica Laboral.

A ginástica laboral, no mundo, começou no Japão e há cerca de 30 anos veio para o Brasil. A primeira instituição, aqui no Brasil, onde começou a ginástica laboral, foi a Feevale, em Novo Hamburgo. E a ginástica laboral, quando foi criada, tinha, essencialmente, uma visão empresarial, ou seja, os empresários começaram a notar que o funcionário, ao trabalhar oito horas diárias, não conseguia a mesma produção. Essa quebra para fazerem uma atividade física descontraía os funcionários e fazia com que eles voltassem – vou usar um termo – com um pique maior e tivessem uma produção, então, mais elevada. Além disso, ao longo do tempo, constatou-se que a ginástica laboral diminui – e muito! – a questão das lesões que ocorrem por força das atividades laborais. Ao mesmo tempo, também, hoje, o nosso País gasta alguns bilhões de reais por não fazer prevenção, a ginástica laboral.

Queremos colocar que tem uma lei, de nossa autoria, que institui a Semana Municipal de LER/DORT – Lesões por Esforços Repetitivos e Doenças Ortomoleculares, sendo que 28 de fevereiro é o Dia Mundial da LER/DORT. É um evento – e aqui está o Ver. Clàudio Janta, Presidente da Força Sindical, que sempre nos acompanha – que começou com algumas instituições e que, hoje, conta com mais de 200 participantes. É uma mobilização de todos os sindicatos, dos técnicos em segurança do trabalho, dos profissionais de educação física, dos fisioterapeutas, dos terapeutas ocupacionais; então é multidisciplinar. E o que nós queremos, então, é gravar para que, realmente, cada vez mais, nós possamos fazer massa crítica em cima da população brasileira, mostrando a importância da ginástica laboral. E essa importância, além de favorecer um momento em que o funcionário possa produzir mais, também cria, naqueles minutos, uma sociabilização. É comum que pessoas que, às vezes, trabalham anos e anos juntas, não se conheçam, e, através da atividade da ginástica laboral, aquele momento de descontração, de 15 minutos, em que eles fazem atividades antagônicas do seu momento diário, do seu dia a dia, há, às vezes, uma troca de conhecimento, uma sociabilidade maior. Então isso tem uma grande importância, e aqui nós podemos citar, por exemplo, aquelas pessoas que ficam oito horas por dia – vocês imaginem só! – cortando frango, fazendo um mesmo movimento, é um movimento que, de forma diária, vai causar lesões, sequelas e vai fazer com que esse funcionário, dentro de dois, três anos, não tenha mais condições de trabalho. E a ginástica laboral faz o movimento antagônico. Então é nesse sentido que estamos solicitando aos nobres Vereadores que aprovem o projeto e, ainda mais, divulguem, falem com seus amigos e empresários! E aquelas empresas que ainda não têm ginástica laboral, é uma boa oportunidade para incluí-la, porque isso – volto a dizer –, além de trazer benefícios para o empresário, o mais importante, vai dar uma qualidade de vida para o funcionário, trazendo a sociabilidade e um rendimento maior para a sua produção. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 183/12.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadores e Srs. Vereadores, o apelo que o Ver. Professor Garcia fez, eu venho referendar. É muito importante a ginástica laboral nas empresas. Nós adotamos esse procedimento nos sindicatos filiados à Força Sindical. O depoimento foi dado por um sindicalista, e nós estamos adotando a ginástica laboral nos nossos acordos, é de extrema importância. Eu acho que a nossa Cidade, que participa de vários momentos, como o Dia do Desafio e outros que o mundo traz a Porto Alegre, acho que nós temos que aproveitar essa proposta do Ver. Professor Garcia, e fazer Porto Alegre um exemplo de ginástica laboral, integrando os trabalhadores. Essa atividade não só aumenta a produtividade, Ver. Professor Garcia, como dá um novo ânimo para os trabalhadores, pois é um momento relax, um momento de as pessoas limparem suas mentes, uma hora para descontraírem e relaxarem. E acho que isso, Ver. Professor Garcia, nós poderíamos iniciar aqui na Câmara de Vereadores. Fazer a ginástica laboral no Plenário para os Vereadores, fazer para os funcionários desta Casa, principalmente para a Taquigrafia, porque as pessoas que trabalham na Taquigrafia ficam por horas sentadas; o pessoal da rádio, da imprensa; o pessoal da limpeza – todos os funcionários desta Casa, nós temos certeza de que não só a produtividade, mas a autoestima, o ânimo dos funcionários será outro. Este é um depoimento pessoal que trago. As entidades filiadas à Força Sindical e a própria Força Sindical têm adotado e têm lutado para que as empresas tenham isso na sua prática diária. Nós temos sindicatos que têm até departamentos de ginástica laboral que fornecem às empresas pequenas essa atividade, possibilitando que os funcionários participem. É de extrema importância que esta Casa aprove um dia, que toda a cidade de Porto Alegre se sensibilize, que Porto Alegre dê um grande exemplo de se exercitar, para o mundo; que as pessoas tenham saúde e aumentem a sua produtividade. Com força, fé e solidariedade, vamos melhorar a vida dos trabalhadores de Porto Alegre.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o PLL nº 183/12. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

Quero fazer uma saudação especial à Sra. Analice Maria Antoniolli, Vereadora-Presidente da Câmara de Vereadores de Nova Bassano. Prazer; sinta-se em casa.

Apregoo Requerimento, de autoria da Ver.ª Luiza Neves, solicitando autorização para representar a Câmara Municipal no evento promovido pela Comissão Permanente de Defesa dos Direitos dos Idosos que acontecerá na Câmara Municipal de Juiz de Fora, Minas Gerais, a realizar-se no dia 23 de setembro de 2013, com custeio de viagem. Está deferido pela Mesa Diretora.

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 123/13 – (Proc. nº 2015/13 – Ver. Alberto Kopittke) – requer a constituição da Frente Parlamentar pela Inovação Tecnológica de Porto Alegre.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento nº 123/13. (Pausa.) O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 123/13, como autor.

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Prezados colegas, venho aqui pedir o apoio de todos à proposta de criação da Frente Parlamentar pela Inovação Tecnológica de Porto Alegre. Eu sei que temos um debate – correto, inclusive – sobre a quantidade de frentes parlamentares. Obviamente, é um debate importante até para que não façamos com que este instrumento perca a força que tem. Mas quero também esclarecer que, da minha parte, este é o único requerimento que apresentei e que é fruto, na verdade, não de uma iniciativa individual. Quero aqui saudar e citar o nome do Ver. Valter Nagelstein, do Ver. Cecchim, do Ver. Nedel, que partilharam da construção desta Frente. A ideia surgiu durante a viagem que fizemos a São Francisco com membros da Prefeitura, o Prefeito, empresários da cidade, membros da PUC, da UFRGS, da Unisinos. A Frente tem exatamente o objetivo que nós discutimos aqui, por isso vem a calhar o momento de votação desta Frente, uma vez que votamos, na semana passada, a Lei Pró-Inovação, que prevê um conjunto de mecanismos, de incentivos, de fomento à inovação na nossa cidade. Eu venho aqui pedir o apoio, a atenção de todos. Esta Frente vai procurar debater ferramentas e mecanismos que impulsionem a inovação nos mais diversos âmbitos do nosso município.

A cidade de Porto Alegre é uma cidade que tem o seu futuro vinculado à inovação desde a área do comércio... e nós podemos passar por áreas que, muitas vezes, não imaginamos que são pilares da economia e referências da nossa cidade, como a área da saúde, por exemplo. Porto Alegre desenvolve inúmeras inovações tecnológicas nos seus centros hospitalares, na área de saúde; é uma referência para o país na área de equipamentos para saúde. Nós podemos e devemos ser uma área de inovação na educação, uma área que ainda não desenvolvemos. Precisamos nos apropriar mais de ferramentas tecnológicas, de novas metodologias na área da educação.

Outro tema que esta comissão pode discutir é a área da segurança pública, um tema que nós debatemos muito, como, por exemplo, o detector de tiros, que, daqui a pouco, não precisa ser comprado lá fora. Junto com a UFRGS ou com outros institutos, nós podemos desenvolver esse tipo de tecnologia, revender para o resto do Brasil, e assim por diante, como câmeras e outros sistemas de tecnologia.

Na área de TI, Porto Alegre realiza o Encontro de Software Livre há mais de 15 anos, sendo a grande referência nacional na produção de software em plataforma aberta para todo o nosso país e inclusive para a América Latina, uma das grandes referências, que produz vários cérebros para essa área.

Na área da comunicação, a cidade é repleta de grandes quadros, de grandes nomes na publicidade, no jornalismo. E a nossa cidade também tem perdido cabeças e oportunidades, como, por exemplo, com a lei que previu que as redes de TV fechada tenham programação nacional. Mesmo que a maioria dos produtores sejam de Porto Alegre, eles estão produzindo em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Curitiba, em Minas Gerais. Esse também é um tema que podemos impulsionar.

Em toda economia criativa – como designer, moda, aplicativos, jogos –, há um conjunto de ferramentas que está nascendo nessa nova economia. É fundamental para a nossa cidade, para o seu futuro, nós darmos um salto em direção à inovação.

Eu sempre cito que, no início do século XX, Nova Iorque era uma cidade portuária fadada a morrer. Nova Iorque via a sua economia decrescer enormemente porque o sistema portuário, os grandes navios começaram a declinar e a ir para outros portos do mundo. Foi aí que Nova Iorque reviu a sua orientação, a sua finalidade e se reinventou para ser o que é hoje. É um exemplo, obviamente, grandioso, mas por que nós não podemos reinventar o futuro de Porto Alegre? Em vez de ser uma cidade dos sonhos do futuro, que nós possamos ser uma cidade dos sonhos do presente. Por que não reinventar a própria democracia, como fizemos na década de 1990? Nós podemos reinventar se nos apropriarmos dessas ferramentas que estão à disposição hoje, e nos reconectar com a juventude desta cidade. Acho que é um grande desafio; essa Frente, com certeza, vai ter muito a debater e a contribuir. Muito obrigado e peço o apoio de todos.

 

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 123/13.

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr. Presidente, eu tenho a pretensão de querer fazer uma “coopetição”, que é cooperar competindo com o Ver. Alberto Kopittke. Eu quero cooperar com o Kopittke! Eu gostei do exemplo de Nova Iorque, porque aí vai uma divergência nossa de fundo. Eu sempre falo das virtudes do capitalismo. Eu não falo, Janta, do capitalismo predatório nem do “rentismo”. O “rentismo” é o cara aquele que pega o seu dinheiro e bota no banco, e fica às expensas dos outros, do suor das outras pessoas, da mais-valia, e fica ganhando. Mas eu falo da produção, do empreendedorismo, que é a mola-mestra das grandes economias, das desenvolvidas. E aí nós temos que olhar – e ele bem traz o exemplo de Nova Iorque, ou do próprio capitalismo, que, há dois, três anos, anunciaram, aqueles que são adversários teóricos do capitalismo, não é o caso nem do João Derly nem da Jussara Cony, que, embora sejam de um partido comunista, eu sei que não têm esse tipo de enfrentamento, de visão: a visão deles é outra, é de justiça social, é noutros parâmetros... Nem estou dizendo tampouco que o Ver. Alberto tenha. Mas se anunciou, há dois anos, o fim do capitalismo. E o capitalismo mostra, a Rosa Luxemburgo dizia que, se não fosse o socialismo, seria a barbárie. A história acabou por desmentir a própria Rosa Luxemburgo, como desmentiu esses que preconizavam ou que queriam vaticinar o fim do capitalismo.

O capitalismo tem essa capacidade de se reinventar, e nós temos que fazer as injeções sociais no capitalismo. A questão do quarto setor, a questão do voluntariado, a questão da responsabilidade social são coisas que nós, que acreditamos que o capitalismo tem os seus méritos, Ver.ª Lourdes, temos que estar permanentemente trabalhando.

Eu quero dizer que é importante a questão da inovação, e volto aqui ao que falei semana passada: o Uruguai é um exemplo de país que investiu em educação, mas a educação, por si só, não foi o diferencial para transformar o Uruguai num país desenvolvido. Não tem analfabetismo no Uruguai. Mas por que no Uruguai não aconteceu o que aconteceu na Coreia do Sul? Por que no Uruguai não aconteceu como nos Tigres Asiáticos? Porque no Japão, na Coreia do Sul e nos Tigres Asiáticos, eles tiveram a capacidade, a inteligência de agregar uma enorme base educacional e de formação que o governo dá à pesquisa, à inovação e à tecnologia, esse é o caminho! É o único caminho para tornar uma nação desenvolvida.

Quando o Ver. Alberto falou aqui, ele falou na indústria criativa. Eu, há poucos dias, gravei, para a TVCâmara, um programa sobre duas iniciativas que eu tenho muita alegria de ter deixado na minha passagem pela SMIC, que foi a parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul na criação da Héstia, que é a incubadora tecnológica da UFRGS, que está focada na área da engenharia mecânica e da física. São dois setores que têm a enorme potencialidade de lançar produtos, e produtos com aplicação prática para o mundo, para melhorar a vida das pessoas. E a segunda, que é com a SPM, que foi a cessão, por 25 anos, do prédio da antiga CTA, da garagem do Município, que nós articulamos. E essas duas iniciativas, Ver. Alberto, vão redundar em um investimento de em torno de R$ 100 milhões; R$ 50 milhões, a UFRGS vai investir para fazer a sua incubadora, ali, no entorno da SMIC, e R$ 50 milhões a SPM está buscando, entre parceiros privados, para fazer a incubadora criativa, que vai fazer isto: vai pegar o cara que desenvolve o software de aplicativo de telefone e vai incubar ali uma empresa; vai pegar o publicitário, que, às vezes, Ver.ª Any, tem um teto em Porto Alegre, ele não tem mercado, e vai para São Paulo, para que ele possa ficar aqui, em Porto Alegre, porque esses mercados são globalizados. Hoje em dia, a maior produtora de software do mundo é a Índia, e produz software para os Estados Unidos. Está do outro lado do mundo. Mas por quê? Porque eles estão trabalhando em rede na Internet.

Então, eu acho que essa é a saída, volto a dizer, e por isso que eu disse que eu competia cooperando com o Ver. Kopittke – e dá um trocadilho, uma redundância –, porque são dois temas que interessam a ele e interessam a mim: a questão da inovação e da tecnologia e da segurança pública.

E quando ele disse que Porto Alegre precisa ter um cercamento eletrônico, eu quero também aproveitar este espaço para dizer que tenho ido muito à nossa Procempa, para, além da agenda negativa com que a Procempa está envolvida, tentar estabelecer uma agenda positiva na Procempa, que é esta: que ela também tenha um software que faça... Porque hoje Porto Alegre tem mais de 900km de cabos; a Cidade está praticamente coberta por cabos. Tem mais de 300 câmeras instaladas. Então, nós já temos o hardware. O que nós precisamos colocar na Procempa é o software, a inteligência, o software, por exemplo, de placa. Quando alguém roubar um carro em qualquer bairro na cidade, como o bairro Rio Branco, o cidadão liga para o 190, que é o centro da Brigada Militar, e, imediatamente, a Brigada, tendo alguém no centro de comando integrado daqui, da Prefeitura, já faz um fechamento eletrônico de um determinado bairro. O dia em que nós tivermos isso – e queira Deus que seja em breve – nós vamos ter uma ferramenta muito eficaz para o combate ao roubo de carro, por exemplo. E essa é a tarefa do Município na questão da segurança, porque, se é do Estado a tarefa de ter pessoal, ter Brigada Militar e Polícia Civil, é nessa história do software, tendo a estrutura e o hardware que uma Procempa já tem, que nós podemos entrar. Então, eu o cumprimento pela iniciativa; estamos juntos nessa iniciativa, mas, para além de tudo isso, uma pequena brincadeirinha, é reconhecer essas virtudes do capitalismo, pois só ele tem essa capacidade de se reinventar. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento nº 123/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

Em votação o PLL nº 052/13. (Pausa.)

 

A SRA. LOURDES SPRENGER (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro o adiamento da votação do PLL nº 052/13 por três Sessões.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento, de autoria da Ver.ª Lourdes Sprenger, solicitando o adiamento da votação do PLL nº 052/13 por três Sessões. (Pausa.) O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria da Ver.ª Lourdes Sprenger.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago; eu até entendo que o senhor tenha que rir, eu também, no seu lugar, riria. Eu não estou com o projeto aqui, até porque não precisaria estar com ele aqui. Sobre este projeto, foi pedido adiamento por mim mesmo, em 16 de junho, se não me falha a memória – os senhores, por favor, me corrijam. Passados três meses, lá atrás, fiz um encaminhamento para tentar compor o projeto, em razão de que tínhamos o projeto da Ver.ª Mônica, o meu e o da Ver.ª Lourdes. Falei desta tribuna infinitas vezes para nós tentarmos juntar os três projetos. A Ver.ª Mônica enfrentou o dela, com legitimidade, sem problema nenhum, votei no projeto. Agora, eu não posso ficar aqui brincando de projetos. Assim não dá! Eu prefiro que os colegas votem contra, enfim, mas eu não vou me prestar para esses discursos infundados, de forma até irresponsável, se assim entenderem. Não vou ser irresponsável. Quero enfrentar o meu projeto.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. CLÀUDIO JANTA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Solicito a abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Clàudio Janta. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Dezesseis Vereadores presentes. Não há quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 17h6min): Encerrada a Ordem do Dia.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h6min.)

 

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